Como o Storytelling Pode Transformar o Marketing Escolar?

Quando o assunto é marketing para escolas, nos vem à cabeça os termos captação e retenção de alunos.

Para o marketing focado nestes resultados, podemos investir em meios digitais ou offline, com o intuito de atrair novos alunos.

Focando na retenção, as escolas investem em apps de comunicação, pra melhorar relacionamento com a família, e na qualidade do aprendizado dos alunos, para que os resultados sejam realmente sólidos.

Nos últimos anos, uma estratégia de comunicação – que na verdade já é bem antiga – tem chamado a atenção: o storytelling.

O termo em inglês, que em português quer dizer “narrativa de histórias”, não teve exatamente uma data de criação. Mas vem sendo falado e reconhecido por especialistas em marketing como uma forma de encantar e atrair a atenção das pessoas.

Se a sua escola deseja ir além na comunicação e estabelecer um relacionamento com os pais e alunos que transforme os resultados, recomendamos fortemente que termine de ler este artigo.

O que é o storytelling?

Storytelling é a capacidade de contar histórias relevantes. E por que a técnica vem sendo tão falada e recomendada por especialistas em marketing?

Desde os primódios, a técnica é fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Mas por muito tempo não havia um termo para explicar como as histórias impactam a nossa vida.


O poder ao contar histórias está em poder estabelecer conexões reais com o público. Isso está expresso no cinema, na TV, na literatura, no teatro, até mesmo nos videogames.

Pense em seu filme favorito, no livro que mais gostou de ler, na novela que não queria perder nenhum capítulo. Tudo isso teve impacto em sua vida por conta de histórias que te envolveram, que fizeram você ter uma conexão emocional com os personagens, lugares ou coisas envolvidas na trama.

Estamos na era que as pessoas têm acesso a todo tipo de informação. Por isso, quem consegue contar boas histórias consegue se destacar, porque prender a atenção do público se tornou algo mais difícil, com tantas distrações e opções de conteúdo.

Não existe uma maneira melhor de prender a atenção de alguém do que contando uma boa história.

A ciência por trás do Storytelling

O palestrante David JP Phillips, no Ted Talks, compartilha descobertas surpreendentes sobre o storytelling, de como as histórias podem nos impactar.

Relacionando o storytelling ao marketing, você já parou para pensar porque toma determinadas decisões? Exemplo, ao ir ao cinema, você vê a trama, se envolve com ela, de uma maneira que ela parece ser verdade.

Já parou para pensar como é possível ser enganado por algo que é simplesmente uma ficção? Claro, enganado não de forma pejorativa, mas que quando a história te pega, ela cria uma conexão com suas emoções.

A PQ Media diz que 10,5 bilhões de dólares são gastos por ano por empresas para que os seus produtos apareçam em filmes. Esse dinheiro é investido simplesmente para os produtos dessas marcas aparecerem.

Este investimento altíssimo ocorre porque, é claro, as marcas que investem nisso obtém retorno. Tudo se explica pela conexão que as boas histórias criam com as nossas emoções. Como consequência disso, esses produtos se tornam mais desejados.

Que emoções boas histórias podem despertar?

Uma boa história pode fazer com que seu corpo libere três tipos de hormônios: a dopamina, a oxitocina e a endorfina.

Cada um desses hormônios é liberado de uma maneira e desempenha diferentes funções em nosso organismo.

A dopamina é um hormônio capaz de aumentar o seu foco, a motivação e a memorização. A liberação da substância se explica pelo fato de como prestamos atenção nas boas histórias, porque estamos motivados.

Como consequência disso, essas histórias ficam mais marcadas em nossa mente. No contexto escolar, você pode pensar em como os alunos vão se lembrar de uma aula quando contou uma boa história, e quando apenas expôs alguma teoria. Fácil entender qual memorizaram mais fácil, certo?

Com a liberação do hormônio Oxitocina, você se torna mais generoso, e passa a confiar mais no interlocutor da mensagem. Ao mesmo tempo, se sente mais relaxado. A liberação da substância ocorre por meio de histórias que nos humanizam, ou que despertam a nossa compaixão.

Já o outro hormônio é a endorfina, que é liberada nos momentos de risada. Este hormônio estimula a nossa criatividade, assim como também nos deixa mais relaxados e focados.

Em outras palavras, boas histórias podem despertar emoções em quem as ouve, e por isso a eficácia do que é comunicado aumenta.

Já reparou nas propagandas da Coca Cola? São sempre boas histórias, com elementos envolventes, sendo associadas ao produto. Eu, por exemplo, associo o conceito da marca Coca Cola àquelas propagandas do Natal. Me encantava quando criança todo o roteiro, e isso ficou marcado. Inconscientemente, o produto me remete a coisas boas, mesmo na prática ele fazendo mal à saúde.

Estratégias semelhantes também são adotadas pela maioria das grandes empresas. Elas querem se associar a boas histórias, já pensou em fazer isso em sua escola?


Propaganda escolar: Como inserir o storytelling?

Vimos que o storytelling é uma forma muito inteligente de marketing. Agora, nos questionamos, existe algum tipo de instituição e empresa capaz de gerar boas e numerosas histórias como uma escola?

Pode ser até que sim, mas certamente as instituições de ensino são um dos lugares mais férteis para o storytelling.

Para uma comunicação eficiente, usar um aplicativo escolar faz toda diferença. Assim sua escola não fica dependente dos algoritmos das redes sociais para que o conteúdo chegue ao público alvo.

Logo, você pode e deve aproveitar o potencial dessa ferramenta para compartilhar as boas histórias do dia a dia. E as melhores podem ser repostadas no site e redes sociais para te ajudar na captação de alunos.

Como contar uma ótima história?

Precisamos entender que as histórias explicam como o nosso cérebro funciona. Um exemplo bem prático: é mais comum termos medo de voar de avião do que de dirigir. No entanto, as estatísticas mostram algo completamente oposto dessa percepção geral.

Nós temos memórias muito vivas dos casos terríveis sobre os acidentes aéreos. Isso acontece porque criamos emoções a partir dessas histórias que se transformam em memórias.

O que é emocional, particular e violento, especialmente, fica marcado. O que é genérico, chato e sem brilho, comumente esquecemos. Nosso cérebro é construído dessa forma, é por isso que o storytelling é tão útil.

No fundo, todos nós somos, por natureza, bons contadores de história, segundo o especialista em storytelling David JP. Ele pede para que todos nós acreditemos nisso, porque simplesmente isso já faz a diferença.

Segundo, ele pede para anotarmos as histórias. Assim vamos perceber que temos muito mais contos do que imaginamos.

Depois, devemos classificá-las, vendo as que vão fazer as pessoas rirem, as que vão fazer sentirem empatia, e assim definimos que tipo de emoção queremos despertar.

Importante também atenção aos pontos:

Propósito transparente ao contar a história – Existem razões pelas quais está contando essa história para essa audiência, neste momento.

Conexão pessoal – A história envolve você ou alguém que você tem algum tipo de conexão.

Conexão entre os pontos – A audiência entende o contexto e a situação da história.

Ritmo – Há um começo e fim.

As histórias nunca acabam. Estão sempre acontecendo. Cabe a todos nós, storytellers por natureza, a aprendermos a refinar o nosso olhar para tudo que acontece à nossa volta. E também procurarmos desenvolver nossa habilidade para contá-las.

Contar a mesma história a públicos diferentes sempre trará um novo aprendizado. Repetir a mesma, para um mesmo público, é algo que não pode ocorrer.

Professores que usam o storytelling em sala de aula também levam vantagens, simplesmente porque o que eles contam é mais facilmente aprendido por seus alunos.

Marketing na escola: os benefícios para a imagem da sua escola que o storytelling pode trazer

Graças ao desenvolvimento da tecnologia, hoje os educadores têm mais facilidade no relacionamento com os pais. É possível estabelecer uma parceria mais forte, já que a troca de mensagens é bem simples e ágil, usando aplicativos de comunicação escolar.

A facilidade para enviar mensagens é muito grande, por isso, a escola deve aproveitar a comodidade para enviar conteúdos que encantem os pais.

Como falamos acima, o storytelling pode ser um tipo de comunicação eficiente para que construa uma marca ainda mais forte.

As boas histórias são o que marcam na comunicação. No fundo, quando você se comunica com os pais em sua escola, seu objetivo é gerar mais valor.

Você quer que eles se sintam mais próximos do processo de educação dos filhos, e que tenha também confiança nos métodos da sua instituição.

Quando você envia um comunicado falando de forma genérica sobre o que fez de bom, isto tende a funcionar para uns. Agora, quando conta uma boa e envolvente história, o efeito é maior e mais amplo.

Em alguns tipos de negócio, certamente existe uma dificuldade maior em se aproveitar do poder das histórias. Não é este o contexto da educação, felizmente.

Aproveite, use toda a diversidade dos alunos a seu favor. Explore todo o potencial dos estudantes, valorize o que acontece de bom, contando as melhores histórias aos pais. A sua escola pode crescer muito com isso.

Veja também

Administração Escolar: O que aprender com as Startups?

Por que escolas que investem em comunicação têm mais valor?

As regras de ouro para retenção e captação de alunos

Gostou do artigo? Compartilhe com os colegas da sua escola, e deixe seu comentário se tiver alguma dúvida!

PéssimoRuimRegularBomExcelente (7 voto(s), média: 4,57 de 5)
Loading...
Author: Escola em Movimento