Por melhor e mais estudioso que seja o especialista, ele vai falhar em dizer como será a escola do futuro.
Até porque toda a humanidade está sujeita a muitas mudanças e, a maioria delas, ainda desconhecemos.
Por exemplo, sabemos que a inteligência artificial acabará com alguns empregos. Mas ninguém consegue ao certo medir os impactos que ela trará à sociedade.
Como preparar estudantes para indústrias que ainda nem existem?
O ideal é que essa incerteza em relação ao futuro não nos gere ansiedade, mas que nos informemos sobre o que vem por aí, sobre o que educadores de sucesso tem falado, e nos preparemos da melhor forma.
Refletir sobre como será a escola do futuro pode ser divertido e trazer aprendizados para melhorarmos no presente.
Com base em informações e dados sólidos, nossas chances de fazer as melhores escolhas e escolher prioridades aumentam bastante.
Neste artigo, listamos boas histórias e estudos para que pensemos juntos sobre a escola do futuro. Vamos nessa?
Perguntar para um aluno sobre como deve ser a escola do futuro pode ser uma experiência positiva, por oferecer uma diferente ótica.
O Ted Talks trouxe uma palestra bem interessante da jovem Anna Nixon, de 17 anos, em que ela conta sua perspectiva.
A garota traz uma visão cheia de energia e otimismo para as próximas décadas.
Para ela, o que precisamos nos preocupar nas escolas é em desenvolver nos estudantes a habilidade de pensar criticamente para resolver problemas.
Teremos novos tipos de problemas – enquanto outros do presente ainda vão persistir – e essa capacidade de adaptar-se às mudanças será essencial pro futuro.
Precisamos de uma escola que seja capaz de fazer com que os alunos vivenciem experiências e se conectem emocionalmente com os desafios que nossa humanidade vive.
Ao se conectarem emocionalmente com as experiências, passam a ter uma capacidade muito maior de prestarem atenção. E ao terem mais atenção, passam a aprender mais.
Quanto mais experiências as crianças viverem nas escolas, melhor elas podem entender o mundo.
E vivendo experiências, ao invés de apenas contarem histórias sobre experiências de outros, os jovens podem ver na prática o que mais gostam, encontrar suas paixões e pensar no que querem fazer no futuro.
Ao invés de focar no que não sabemos que acontecerá no futuro, Anna mostra como podemos fazer mais sobre aquilo que já sabemos que funciona.
Buscar envolver e sensibilizar os alunos com os problemas reais do mundo pode motivá-los a encontrarem suas paixões e também seu propósito.
É um tipo de visão que vale a pena estimular, concorda?
Você pode assistir a palestra na íntegra no youtube
O professor de história Yuval Noah Harari, conhecido por seus best-sellers mundiais, Sapiens: Uma breve história da humanidade e também do Homo Deus – Uma Breve História do Amanhã, diz que o foco para a escola do futuro deve ser ajudar os alunos a desenvolverem inteligência emocional e resiliência.
E como ele explica que esse pensamento faz sentido?
A questão é que pais, educadores e alunos não sabem como vai ser o mercado de trabalho.
Este cenário em que a mudança na sociedade é tão rápida é algo sem precedentes na história, destaca o historiador.
No entanto, nem tudo é imprevisível.
Se tem algo que sabemos, é que no futuro as mudanças devem ocorrer com uma maior frequência. E que para lidar bem com as transformações, todos nós precisamos de inteligência emocional.
Pensemos no modelo antigo de sociedade. Na primeira fase da vida, você estudava. Na segunda metade, usava o que aprendeu na escola e faculdade para poder trabalhar e então viver daquilo.
Esse modelo está se tornando obsoleto. Os profissionais que não se reinventarem continuamente, correm risco de não serem mais valiosos no mercado de trabalho.
Para muitos, essa necessidade de se reinventar é algo extremamente desgastante do ponto de vista emocional. Imagina precisar se reinventar aos 50, 55, 60 anos? Por que entra também nessa conta o aumento da expectativa de vida.
Sob essa justificativa, Yuval diz para os educadores focarem em formar indivíduos resilientes, capazes de lidar bem com os novos tempos.
A capacidade de aprender constantemente e estar pronto para as mudanças vai fazer a diferença no futuro.
E não só as escolas do futuro, como do presente, precisam pensar e agir conforme essa realidade.
Se você parar para pensar, há 20 anos, era muito mais fácil tentar conquistar sua atenção. Duvida?
Pense só. Na televisão, você tinha menos opções de entretenimento, poucos canais e a competição pelo seu tempo era bem menor.
Hoje, com a internet e o acesso fácil a milhões de conteúdos, sua atenção é muito mais disputada.
Você, por exemplo, chegou até este conteúdo buscando formas de melhorar seu trabalho na escola. Um mecânico provavelmente não está lendo este conteúdo porque não é um assunto do seu interesse.
Na televisão do passado, você não tinha muita escolha. E todos assistiam, porque as opções eram mais escassas.
Você ficou mais exigente para consumir conteúdos e assuntos que são mais do seu interesse, porque agora existe essa possibilidade, logo, ficou muito mais difícil conseguir a sua atenção.
Agora inverta essa mesma lógica para a sala de aula.
Pense em alunos que já nasceram nessa era, em que as opções são diversas, e desde cedo são bombardeados por muitos estímulos.
O mesmo modelo de sala de aula, em que o aluno fica o tempo todo ouvindo o professor, faz mesmo sentido?
Cada aluno ali tem o seu perfil, uns aprendem melhor com vídeos, ou aulas, ou livros; outros, na prática.
Uns têm mais aptidão para a matemática, outros para ciência. E para conseguir prender atenção de todos o professor precisa ter uma abordagem mais genérica.
No futuro, os estudantes terão ferramentas que vão se adaptar às suas capacidades.
Os estudantes que encontram dificuldade em determinada matéria, terão a oportunidade de praticar mais até atingirem o nível requerido.
Como o processo de ensino será personalizado, as dificuldades poderão ser mais facilmente enfrentadas, já que os obstáculos que cada estudante encontra são diferentes.
Essa possibilidade permitirá um aprendizado maior dos alunos, porque vai diminuir a falta de confiança deles.
Os professores terão a condição de ver claramente o que cada estudante precisa em cada uma das áreas.
Vários estudiosos temem que a inteligência artificial não somente mude o mercado de trabalho, como também elimine a necessidade de muitos trabalhos, aumentando o número de desempregados em todos os países.
Sob este aspecto, a educação torna-se cada vez mais importante, afinal, quanto menos conhecimento, maiores as chances de ser trocado por uma máquina inteligente e que aprende sozinha.
Por mais que existam muitos pensamentos pessimistas sobre este cenário, existem também os que encontram novas oportunidades.
O empreendedor Seth Godin traz uma perspectiva muito interessante em seu livro: “Linpchin: Você é indispensável?”
Basicamente, ele diz que a forma de sobreviver nesse mercado e não ser apenas mais uma engrenagem é sendo um artista.
Fazer arte, no sentido em que descreve, significa ser humano, inovador e capaz de ajudar e presentear pessoas.
No livro, ele faz críticas fortes ao sistema de ensino atual que acaba favorecendo uma lógica que torna as pessoas facilmente substituíveis.
Segundo ele, as escolas formam alunos que se tornam trabalhadores conformados e que apenas seguem as regras estabelecidas, sem questionarem.
Os ensinamentos de Godin indicam uma escola do futuro menos pragmática, e que estimule mais a criatividade e a ousadia.
Seus argumentos fazem todo sentido quando falamos do avanço da inteligência artificial. Se existe uma forma de garantir uma sociedade mais próspera no futuro, é bom as escolas estimularem as características inteiramente humanas que não podem ser automatizadas.
Na Forbes, Godin diz que o novo sistema educacional está oferecendo aos alunos novas oportunidades para ganharem habilidades, ao invés apenas de memorizarem informações.
Os melhores estudantes, segundo ele, serão aqueles que tem capacidade de realizar seus projetos, e usam seu conhecimento para resolver problemas e liderar melhor.
Você já sabe que o impacto que a tecnologia causa em nossas vidas é cada vez maior.
Nas escolas, a tecnologia já permite também novas possibilidades, para otimizar o trabalho dos colaboradores, facilitar o relacionamento com as famílias e potencializar o aprendizado dos alunos.
O uso da Inteligência Artificial, Gamificação e Realidade Virtual serão cada vez mais comuns para ajudarem alunos a se desenvolverem.
A capacidade de fazer análise de dados será também uma característica de muita relevância, e que vale a pena ficar por dentro.
As tecnologias de comunicação também tendem a evoluir bastante e vão permitir que a escola tenha um relacionamento ainda mais próximo das famílias.
Sempre gostamos de usar uma famosa frase de Steve Jobs: “A tecnologia não é nada. O que é importante é que tenha fé nas pessoas, que basicamente são boas e inteligentes, e se lhes deres ferramentas, elas vão fazer coisas maravilhosas com elas.”
Este pensamento mostra a visão que devemos ter da tecnologia, para que possamos usá-la para potencializar o que fazemos de bom.
É importante também pensar em discutir um uso saudável da tecnologia. Afinal, o excesso de seu uso pode ser prejudicial à saúde emocional, saiba mais lendo este artigo.
Leia neste outro artigo O mínimo que você precisa saber sobre tecnologia na educação para ficar por dentro de todas as tendências.
A gestão da aprendizagem, o treinamento dos professores e o relacionamento com as famílias são atividades que dificilmente a sua escola conseguirá delegar.
O motivo não é difícil de entender: todas essas tarefas são o coração da sua escola.
Em um mercado em que a competitividade não para de aumentar, novas soluções estão surgindo para que o gestor consiga dedicar mais tempo ao que há de mais estratégico.
Uma dessas soluções é a Arcopay, parceira da Escola em Movimento.
A Arcopay torna-se responsável pela gestão das mensalidades e pela negociação com os inadimplentes. Todos os meses, a empresa realiza o repasse para a sua escola.
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