Você já assistiu à série de televisão britânica Black Mirror? Se sim, entende o que iremos dizer. Se não, fica a dica se quiser ver uma ficção envolvente e que é, de certa forma, perturbadora.
A série foca temas obscuros que examinam uma sociedade extremamente dependente das tecnologias. Em cada episódio, mostrando diferentes e surpreendentes impactos criados pelas novidades tecnológicas em nossas vidas.
Ao aplicar a ideia da trama, o roteirista da série Charlie Brooker resumiu seu objetivo com a ficção. Para ele, cada episódio tem um elenco diferente e uma realidade diferente. Mas todos tratam da forma como vivemos agora, ou da forma que poderemos estar vivendo daqui 10 minutos, se formos desastrados.
Ao jornal The Guardian, o autor da série, disponibilizada na Netflix, diz: “Se tecnologia é uma droga — e parece ser uma droga — então quais são, precisamente, os efeitos colaterais? Esta área — entre prazer e desconforto — é onde Black Mirror, minha nova série dramática, se passa. O “espelho negro” da abertura é o espelho que você encontrará em cada parede, em cada mesa, na palma de cada mão: a tela fria e brilhante de uma TV, de um monitor, de um smartphone”.
O episódio que provavelmente mais têm ligação com a nossa realidade atual é o Nosedive. O episódio é o primeiro da terceira temporada. Na história, uma menina se torna impopular numa em rede social e sofre consequências negativas por isso. A partir da história é possível refletir sobre a exagerada importância dada à aparência, e sobre ser aceito em grupos.
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Tecnologia na escola: smartphones são vilões ou mocinhos?
Se passamos realmente por mudanças grandes nos últimos anos devido à internet, e outras estão por vir, faz todo sentido refletirmos sobre esses assuntos em sala de aula.
Desde a dialogar com os pais, até com os próprios profissionais das escolas e alunos. Afinal, mais novidades estão por vir, e devemos preparar a próxima geração para lidar bem com todas as mudanças.
Obviamente, o uso da tecnologia é algo a ser incentivado nas escolas. Mas o uso aleatório e sem critérios pode trazer mais preocupações que benefícios, e por isso a analogia à conhecida série britânica aqui no post.
Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicada em junho de 2017 pela revista científica “PLoS ONE, indicou que 43% dos alunos têm propensão a se tornar viciados no uso de smartphones. Entre estes, 35% são mesmo dependentes e utilizam o aparelho de forma excessiva.
Segundo especialistas, uso excessivo de smartphone pode ter consequências que incluem distúrbio de sono, dores de cabeça, dificuldade de concentração, além de prejudicar os relacionamentos. Os números já são preocupantes com estudantes mais velhos. Agora, imagina entre os alunos que já nasceram na era do smartphone? A tendência é de uso excessivo é ainda maior.
Primeiro, para evitar este tipo de problema, é necessário que as escolas discutam o problema. Que interajam com os pais, convidem especialistas para o debate e eduquem os alunos a usar a tecnologia.
Com mudanças tão rápidas na sociedade, o ambiente escolar é o espaço mais adequado para estas.
Ao usar ferramentas como o Duolingo, Khan Academy, ou a própria Escola em Movimento – por meio do aplicativo da escola – você não vai ficar horas e horas sem perceber o relógio andar. Isso porque existem ferramentas com conteúdo simples e direto, sem rodeios. Há um objetivo no uso. Este tipo de tecnologia na escola deve sim ser estimulado.
Agora, já no campo do entretenimento, as redes sociais podem atrapalhar e muito. Nelas, podemos passar muito tempo conectados sem notar o uso excessivo. O mesmo certamente vai acontecer com os alunos. Por isso, para momentos de diversão, o uso deve sim ser moderado. Para que ganhem habilidades sociais e não sofram com os efeitos malignos gerados pelo excesso de tecnologia na escola.
O mesmo vale para jogos. Muitas vezes, os jovens estão gastando todo o tempo livre que têm para diversão jogando online. Claro, não dá para negar o quanto isso é realmente bom. Mas, sem limites, não sobra tempo para esportes e pro convívio real com a família e os amigos.
Se os jogos são mais usados por meninos, no caso das meninas é bom conscientizá-las sobre assuntos como padrão de beleza. Ao ver lindas fotos no Instagram, e acompanhar famosas blogueiras, as jovens podem desenvolver sintomas de baixa autoestima. Ao pensar que não são boas suficientes nisso, ou naquilo.
Portanto, vale o cuidado dos pais e dos professores para que os estudantes saibam lidar com o turbilhão de informações a que estão expostos. Mas que, apesar de terem total facilidade para compreenderem tecnicamente todas novidades, mentalmente podem ainda não estar preparados.
Grande variedade de ferramentas de realidade artificial, como o HoloLens, da Microsoft, Oculus Rift, do Facebook, ou o Google Expedition estão transformando aulas tradicionais em experiências de significado real.
Já pensou em uma sala de alunos explorando aulas tradicionais em experiências em uma floresta na África, assistindo dinossauros, ou até mesmo aterrissando na lua? As possibilidades são infinitas.
Claro, como sabemos, todas essas tecnologias trarão imenso ganho. Mas também é necessário ter atenção para um uso consciente. O que não pode ocorrer é a reação automática às novidades, sem preparo e reflexão sobre aquilo que é melhor para os alunos a longo prazo. A chegada desse tipo de tecnologia na escola também servirá para professores automatizarem tarefas básicas de ensino. Além do domínio do conteúdo, professores vão poder também auxiliar estudantes a desenvolver habilidades não cognitivas, como a autoconfiança e a criatividade.
E aí, gostou da reflexão? Que tal discutir isso também com os pais? Compartilhe conosco o que acharam!
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